quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Puros de coração




“Bem-aventurados é os puros de coração, pois verão o Deus.”


Aprendi este termo “puro de coração”, relacionado à sexualidade. Ser puro de coração aprendi: era tão somente não abrigar pensamentos sexualmente  impuros na mente. Mas hoje vejo que seu significado é muito maior. Martin Lloyd Jones comentando sobre essa bem-aventurança diz que ela é uma das maiores declarações das escrituras sagradas. Tem haver com nossas escolhas; Com a força motivadora por trás da nossa conduta; Com a totalidade do homem interior.
O que passa na minha mente, por exemplo, quando vou escolher minha profissão? Quando faço algum bem? Quais são minhas verdadeiras intenções? Por que faço o que faço? Muita coisa pode estar por traz de uma ação, de uma escolha. A soberba, a ganância, a inveja, a lascívia ou a conveniência. Com diz um grande e verdadeiro ditado: “quem vê cara não ver coração”.
“Cria em mim um coração puro, ó Deus”. Diz o salmista, Somente Deus pode fazer a limpeza no homem interior. Pureza não é algo inerente ao gênero humano. A benevolência desinteressada, a bondade quando não se tem lucro, a caridade sem interesse, quando ninguém estiver por perto para elogiar. Fazer o bem pelo valor intrínseco do bem, é divino.
Até mesmo quando escrevo estas palavras, quais são as minhas intenções? Estou escrevendo para que? Qual é meu real motivo?
Verão a Deus... Estas palavras se explicam melhor, talvez, com uma declaração de santo agostinho: “assim como é necessário ter os olhos são, do corpo, para ver a luz natural, não se pode ver a Deus se não tiver purificado aquele que pode percebê-lo”.
Ver tudo com o olhar claro, sem a deturpação da volúpia, sem a distorção da avareza, sem o apego da dominação, sem a insanidade do orgulho, sem a doença da arrogância, sem a mesquinhez da prepotência... Quando se vêem as coisas e as pessoas assim, se vêem nelas a imagem e os vestígios de DEUS.

Escrito por André Ferreira de Carvalho

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